segunda-feira, 10 de outubro de 2011

CARNE DE PORCO

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O porco foi um dos sustentáculos da economia rural durante muito tempo. Dele dependia toda a população rural e também das vilas e cidades que surgiam pelo Brasil. Era dalí que saía toda a gordura, tão necessária para fazer a comida. Além disso, era considerado essencial como reforço alimentar para quem labutava o dia todo. Gordura, carne e toucinho não podiam faltar em qualquer casa, como base da alimentação diária. A gordura tinha ainda outra finalidade importante: Era para conservar as carnes de porco, de gado e de caça, pois nem se sonhava com a geladeira. Na refeição diária, o roceiro destrinchava o porco e aproveitava tudo para criar pratos comuns e também misturar com outros alimentos. Sempre que podia, tinha lá sua leitoa assada inteira para uma festança.
A criação de porco tornou-se uma atividade das mais lucrativas. Na região de Paraibuna, por exemplo, têm-se registros de vários fazendeiros dedicados à criação de porcos. O Mercado Municipal de Paraibuna, na virada do século XIX para o século XX, fervilhava aos domingos com a presença desses vendedores. As leis de impostos eram rígidas, variando os preços de acordo com o que iria se vender. Paraibuna até exportava suas criações. No começo do século XX, os fazendeiros da época se uniam e juntavam até mil “capados” e iam tocando para São José dos Campos. Muitos tropeiros ganharam dinheiro, até meados do século XX, levando os “capados” para os mercados das cidades maiores do Vale do Paraíba.



Bom, esse é um dos assuntos mais sérios dentro da comida caipira. Falar em porco é buscar na história sua importância para a sustância do caboclo. Desde que os portugueses trouxeram o bicho pro Brasil, se multiplicou e se tornou o alimento base da população. Por vários séculos, veio dalí a gordura essencial para os cozimentos, frituras e feitura de outros pratos.
Em tudo que se pensasse em comida no Brasil, tinha que estar lá o porco. Sua gordura, além de dar sabor a todos os pratos, era a verdadeira geladeira do caipira. Toda casa, por mais simples que fosse, tinha lá seu pote ou lata cheia de gordura e, no meio dela, as carnes preparadas e guardadas meses a fio.
A importância era tanta que a matança do porco era festa concorrida. Todos os vizinhos compareciam pra matar um capado de mais de trezentos quilos. Tanta era a carne e o toucinho que o dono sempre repartia com quem ajudou ou mandava pros vizinhos. Era carne pra tudo quanto é lado e, a maior parte, guardada na banha.
Com o tempo, os caipiras foram aprendendo a mágica dos defumados. Aí surgiram as linguiças, toucinhos, salames e outras derivações.





Quirera com Costelinha

Ingredientes - 1 kg de costelinha, 250g de quirera de milho, sal com alho, cebolinha, salsinha, coentro, pimenta do reino, 4 colheres (sopa) de óleo.
Como fazer - Lave bem a quirera retirando a sujeira. Coloque na água e deixe de molho por três horas. Depois coloque 2 colheres de óleo na panela, um pouco de sal com alho e frite a quirera. Coloque 2 litros de água e deixe cozinhar até amolecer. Em outra panela, coloque 2 colheres de óleo, sal com alho e refogue a costelinha, fritando bem. Ponha um pouco de água quente e deixe cozinhar até secar e volte a fritar. Retire o excesso de gordura e adicione a quirera cozida. À parte, refogue um molho de cebolinha, coentro, salsinha, pimenta e misture na quirera na hora de servir.

Um comentário:

  1. nossa é uma receita melhor que a outra, carne de porco não tem igual. Eu adoro a Carne na Lata e como não sei fazer e não conhecia quem fizesse pesquisei e encontrei essa maravilha em Minas, www.carnenalata.com.br . Essa carne é igual a que minha falecida avó fazia, não tem conservante e tá pronta pra comer, só esquentar. Deixo a dica vale a pena. Abs a todos

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